Retaliação às Sanções de Trump: A Guerra Comercial entre os EUA e a China
- TGC
- 19 de mar.
- 3 min de leitura

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, iniciada durante o governo de Donald Trump, foi marcada por uma série de sanções e retaliações que impactaram profundamente as economias de ambos os países. Trump, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA e proteger a indústria americana, impôs tarifas e restrições a produtos chineses. Em resposta, a China adotou medidas retaliatórias, criando um ciclo de tensões que afetou o comércio global e as cadeias de suprimentos.
Sanções dos EUA contra a China
Tarifas sobre Produtos Chineses
Em 2018, Trump impôs tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses, incluindo máquinas industriais, componentes eletrônicos e equipamentos de tecnologia.
Em setembro de 2018, novas tarifas de 10% foram aplicadas a US$ 200 bilhões em produtos, aumentando para 25% em maio de 2019.
Em setembro de 2019, uma tarifa de 15% foi imposta sobre mais US$ 112 bilhões em produtos chineses, incluindo roupas, calçados e eletrônicos de consumo.
Restrições a Empresas Chinesas de Tecnologia
O governo Trump colocou a Huawei, uma das maiores empresas de tecnologia da China, na lista negra, proibindo empresas americanas de vender componentes e software para a empresa sem autorização governamental.
Outras empresas chinesas, como ZTE e SMIC (Semiconductor Manufacturing International Corporation), também enfrentaram restrições semelhantes.
Sanções a Funcionários do Governo Chinês
Em resposta às políticas de Pequim em Hong Kong e Xinjiang, o governo Trump impôs sanções a funcionários do Partido Comunista Chinês e a empresas envolvidas em violações de direitos humanos.
Proibição de Aplicativos Chineses
Em 2020, a administração Trump ordenou a proibição de aplicativos chineses como TikTok e WeChat, alegando preocupações com a segurança nacional e a privacidade dos usuários americanos.
Retaliações da China às Sanções dos EUA
Tarifas Retaliatórias sobre Produtos Americanos
A China respondeu às tarifas de Trump com tarifas sobre US$ 110 bilhões em produtos americanos, incluindo soja, carne, automóveis e produtos químicos.
Em maio de 2019, a China aumentou as tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos para até 25%.
Restrições a Empresas Americanas
A China impôs restrições a empresas americanas que operam no país, como Apple e Qualcomm, e intensificou a fiscalização sobre suas operações.
O governo chinês também criou uma "lista negra" de empresas americanas, incluindo Lockheed Martin, Boeing e Raytheon, em resposta às sanções dos EUA.
Controles de Exportação
A China implementou controles de exportação sobre produtos estratégicos, como terras raras, essenciais para a produção de componentes eletrônicos e equipamentos militares. Essa medida foi vista como uma forma de pressionar os EUA, que dependem da China para o fornecimento desses materiais.
Ataques Verbais e Diplomáticos
Além das medidas econômicas, a China respondeu com ataques verbais e diplomáticos, acusando os EUA de protecionismo e de tentar conter o crescimento econômico chinês.
O governo chinês também buscou fortalecer alianças com outros países, como membros da União Europeia e nações da Ásia e África, para reduzir sua dependência do mercado americano.
Impacto da Guerra Comercial
A guerra comercial entre os EUA e a China teve impactos significativos em ambas as economias. Nos EUA, as tarifas aumentaram os custos para consumidores e empresas, especialmente no setor agrícola, que sofreu com a queda nas exportações para a China. Na China, as sanções e tarifas americanas afetaram setores como tecnologia e manufatura, resultando em uma desaceleração do crescimento econômico.
A guerra comercial entre EUA e China foi um dos episódios mais marcantes da política econômica global na última década. As sanções de Trump e as retaliações da China criaram um ambiente de incerteza que afetou não apenas as duas economias, mas também o comércio global e as cadeias de suprimentos. Embora o governo Biden tenha adotado uma abordagem mais moderada, as tensões comerciais entre os dois países continuam a ser um desafio para a estabilidade econômica global.
E você, o que acha das sanções e retaliações entre EUA e China? Acredita que os dois países conseguirão resolver suas diferenças e estabelecer uma relação comercial mais estável? Deixe sua opinião!
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